sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Meu carnaval pernambucano com paracetamol - Parte V

Segunda foi dia de praia. Porto de Galinhas o destino. Bem, acho válido lembrar e fazer uma leve propaganda aqui. Ir pra Recife, significa estar ao lado de Olinda, 50 minutos de Ilha de Itamaracá, 1h20 de Porto de Galinhas, mais 20min chega em Ilha do Carneiro. Além de 1h30 pra cima e você está em João Pessoa. Chega um poquim mais pra riba e está em Natal. Ainda não tive oportunidade de conhecer tudo, mas quero um dia. Bem, aproveitamos disso, alugamos van, enchemos de gente e fomos pra tal de Porto de Galinhas.

Bem, particularmente eu achei Itamaracá bem mais bonito. Mas, confesso que vacilei, quis dormir um pouco antes de ir desbravar a praia e quando é fé (adoro essa expressão goiana, muito utilizável) a fila estava gigaaante para pegar jangada para as piscinas naturais. Mais um pouco, muito vento, e as jangadas nem sairam mais. Bem, não conheci as tais piscinas. Fiquei ali naquela aguinha quentinha, sem onda, azulzinha, me refrescando. Quero destacar que há muito tempo não ia minha família toda pra praia. Isso é algo importante na vida de uma família de classe média (rs). Bem, no mais... repito, praia é isso aí. Voltando pra casa, minha amiga indisposição me chamou pra ficar com ela em casa e deixar de ir assistir ao show do Eddie no Fortim. Prontamente, aceitei seu convite.

De noite fomos no Recife na tal noite dos tambores silenciosos. Em 2009 choveu muito, tinha água suja, nojenta, até o joelho. Mas achei tudo lindo. É uma celebração com uma pegada candomblé e muitos grupos de maracatu. Vejam só, essa vez, até a gente conseguir chegar no local, andamos muuuuuuito. E fedia demais! É muito descuido com saneamento básico, com higiene. Vocês vejam como fiquei enjoada de um ano pro outro. Em um, não me importo com água de esgoto no joelho e muita chuva. No outro, não aguento nem o cheiro. Meu pai, tadinho, andava dando ânsia e apelidou, carinhosamente, o estado de Pernambucoco. Minha mãe é assim: adora muvuca de Olinda, aquela coisa que nao dá pra se mover. Mas em Recife não gostou. Resumindo, essa noite foi meio fracasso. O fedor e a muvuca nos repeliram da cidade. Ok, meu paracetamol me esperava em casa.

Terça. Pois é, terça é mesmo o último dia mais movimentado de carnaval. O carnaval começa bem antes, mas quando ele acaba, acaba mesmo. Quando chegarmos na quarta explico melhor sobre isso. Mas terça já tinha um ar de despedida, apesar de ninguém da casa ainda estar indo embora. Nesse dia totalizávamos 8 doentes na casa. Juntamos eu, Artur, Ayana (namorada) e Paulinha e fomos juntos tomar um soro no posto pra conseguir subir ladeira. Ayana assustou com ambiente e correu da agulha. Eu, Pablita e Tutu ficamos ali, com soro na veia! Competindo quem acabava primeiro. Paulinha ganhou, mas teve que voltar pra tomar mais. Eu e Artur tivemos alta. Não vou esquecer da frase da Paulinha: "Ê, gente! Antes estar aqui pra tomar glicose, né?". Né? Carnaval a gente espera esse tipo de coisa. Soro não!

Botamos nossos abadás e fomos pra rua. Muita gente, muito bonecão, muito frevo, muito confete. Daquele jeitinho que descrevi na parte I. Uma pausa no restaurante oásis no meio de Olinda, nos livrando de fedor, barulho e muvuca. (Engraçado, quando você tá curtindo não há fedor, o barulho é som, e muvuca é gente). Mais umas perambuladas por Olinda (que a essa altura do carnaval fedia demais!).

A noite, no Pátio São Pedro, que guarda seu charme a aconchego, me reservou grandes emoções: show da Renata Rosa. Bem, assistir ao show dessa cantora é muita emoção na vida de uma coquista. Mári que o diga que chorou o show inteiro. Fiquei na frentinha. Eu não queria nem cantar muito as músicas junto pra admirar mesmo cada voz. Nem dançar muito coco, pra não perder nenhum movimento das performances, do jeito de tocar daquele grupo. É, Renata Rosa é a estrela, mas ela tem várias estrelinhas em palco que ganharam minha admiração. É... muito lindo e ali era uma das coisas que faziam valer minha viagem. Dali, show do Original Olinda Style no Recbeat. Maciel Salú, Eddie, Orquestra Contemporânea de Olinda. Que sonzera! Mas lá veio a chata da minha amiga indisposição me chamar pra casa. E fui. No outro dia era o menos desejado pelos pernambucanos: o último (?) do carnaval.

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